Pedra na Vesícula – Quando a Cirurgia é Necessária

Pedra na Vesícula – Quando a Cirurgia é Necessária

Para tratar a pedra na vesícula as vezes é necessário a realização de uma cirurgia. Um sintoma que aponta problema na a vesícula é a forte dor no estômago. Quando se torna ainda mais aguda, é sentida também na região das últimas costelas à direita.

O desconforto diminui e aumenta de intensidade, como uma cólica, e acaba irradiando pelo abdome superior e pelas costas. Depois acontecem os enjoos e o vômito. Esses são sintomas mais comuns da pedra na vesícula.

Esses foram os sintomas da dona de casa Fabiana Fillus, 49 anos, antes que ela saísse às pressas para o pronto-socorro mais próximo de sua casa. “Descobri que tinha pedra na vesícula quando tive uma dor insuportável e foi preciso sair correndo para ser medicada. Quando eu estava mais controlada, os médicos investigaram as causas mais prováveis que desencadearam aquela dor. Foi com uma ultrassonografia abdominal que o diagnóstico descartou problemas em outros órgãos e indicou a existência de cálculos na vesícula biliar”, conta ela.

Segundo pesquisas, esse quadro doloroso não é incomum, já que de 10% a 20% das pessoas com idade entre 35 e 65 anos têm cálculos na vesícula. “A doença afeta mais a mulher, e algumas das possíveis causas são a síndrome plurimetabólica, descontrole hormonal em vários órgãos, a obesidade, o efeito sanfona, processo constante de ganho e perda de peso, a idade e a presença de diabetes”, explica o infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon Monteiro da Silva.

Na maioria dos casos, as pedras são assintomáticas, e o paciente só vai saber que tem o distúrbio quando elas obstruem parcial ou totalmente as vias biliares, causando dor. “Tem que ter cuidado para não confundir problemas de fígado com vesícula. Geralmente, as pessoas acham que estão passando mal, com diarréia, dor de cabeça, enjoo e a pele e o branco dos olhos meio amarelados, porque o fígado não está cumprindo seu papel, mas, na realidade, este órgão causa poucos sintomas. O que acontece realmente é que a vesícula não está funcionando como deveria”, esclarece Olzon.

Funções
De acordo com o gastroenterologista Vitório Luiz Kemp, de São Paulo, a vesícula biliar é um órgão pequeno, no formato de uma pêra, localizado embaixo do fígado. Ela é a responsável por armazenar a bile, um líquido esverdeado produzido pelo fígado que aumenta a solubilidade de gorduraspara o organismo absorver com mais facilidade as vitaminas provenientes dos alimentos e, ainda, facilita o trânsito intestinal. Funciona como um “sabão” do corpo, quebrando as gorduras que ficam presas no intestino. Depois dessa “limpeza”, o que não vai ser aproveitado é jogado fora – neste caso, com as fezes.

“Sempre que se come alguma coisa, a vesícula é encarregada de jogar a bile, fazendo pequenas contrações, no duodeno, que é a primeira parte do intestino, para a digestão acontecer sem nenhum mal-estar. É lógico que em refeições pesadas, com gorduras em excesso, o trabalho vai ser bem maior. Mas se isso não for freqüente, a bile executa o trabalho direitinho. Isto é, quando não há uma pedrinha no caminho”, diz Kemp.

Mas como essas pedras se formam? “Dentro da vesícula, estão concentrados gorduras e sais biliares. Se houver qualquer alteração nessa solução, começam a ser formados os cálculos, que podem ficar tranquilamente guardados ali por anos sem causar problemas. Dependendo do tamanho, eles também podem passar pelas vias biliares, causando um mal-estar dolorido, mas passageiro, ou, simplesmente, obstruir o canal, quando acontecem as cólicas, vômitos e febres”, prossegue o gastroenterologista.

Tratamento
O tratamento para os problemas de cálculo na vesícula podem ser feitos com medicação ou cirurgias. “Os medicamentos ajudam a dissolver a solução dentro da vesícula, evitando a formação de pedras. No entanto, leva de seis meses a um ano, é caro e nem sempre resolve o caso”, explica o médico Paulo Olzon.
Diante disso, a remoção cirúrgica da vesícula, ou colecistectomia, é a opção preferida pela maioria dos médicos. “Essa escolha é feita porque as intervenções convencionais, que até alguns anos atrás pediam internação mínima de cinco dias e deixavam cicatriz de 20 a 30 cm de extensão, estando, portanto, mais sujeitas a complicações, foram deixadas de lado. Hoje, com a videolaparoscopia, intervenção feita por meio de mini incisões, com o auxílio de um sistema de vídeo, a cirurgia dura de duas a quatro horas, dependendo da anatomia do paciente, e a internação caiu para dois ou três dias. Os cortes têm apenas meio centímetro e a recuperação no pós-operatório é bem mais rápida”, garante o infectologista.

Fonte: vilamulher.terra.com.br

Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.

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